A Clínica Alamedas participou e apoiou um dos maiores eventos do ano no Palácio dos Bandeirantes dia 23/08/2014
“ O Impacto da Legalização das drogas”
A Clínica Alamedas participou e apoiou um dos maiores
eventos do ano no Palácio dos Bandeirantes dia 23/08/2014, em
São Paulo, relacionado à política sobre drogas: “O impacto da
Legalização das drogas” que contou com a presença do norte-
americano Kevin Sabet e foi organizado pela Associação Paulista para o
Desenvolvimento da Medicina (SPDM), presidida pelo psiquiatra Prof Dr
Ronaldo Laranjeira.
Kevin Sabet é considerado um dos maiores especialistas na
atualidade em políticas de drogas. É Ph.D. e Mestre em Política
Social pela Universidade de Oxford e graduado em Ciência Política
pela Universidade da Califórnia. Em seus trabalhos, costuma
pontuar que “a legalização é uma solução simplista para um
problema complicado”, analisando, por exemplo, o impacto social
de drogas legais. Segundo o especialista, nos Estados Unidos o
álcool é responsável por mais de 2,6 milhões de prisões por ano -
quase 1 milhão de prisões a mais do que as provocadas por drogas
ilegais naquele país.
Por sua atuação na área, tornou-se referência mundial em
prevenção baseada em evidências e impactos da legalização,
contribuindo regularmente com diversos veículos de comunicação,
incluindo New York Times e CNN.
Com mais de 18 anos de atuação em política de drogas, o
sociólogo Kevin Sabet é diretor do Instituto de Política de Drogas e
professor-assistente no Departamento de Psiquiatria da
Universidade da Flórida. Além disso, é Conselheiro Sênior do
Instituto de Pesquisa de Crimes e Justiça das Nações Unidas, com
sede na Itália, e de diversas organizações governamentais e não
governamentais.
Por assumir um compromisso não partidário contra as drogas,
Kevin é o único integrante do Escritório de Política Nacional de
Controle às Drogas a trabalhar em 3 administrações distintas, nos
governos Clinton, Bush e Obama, no qual atuou como Conselheiro
Sênior da Casa Branca entre 2009 e 2011. Dr. Sabet é também
cofundador do Projeto SAM – Smart Approaches to Marijuana
Segundo Kevin em Matéria publicada no Jornal “Estado de são Paulo”, legalizar a
maconha não acabaria com o tráfico, aumentaria o número de usuários e
criaria uma indústria milionária com foco nos consumidores jovens, como a do
tabaco. Kevin ressalta que a maconha tem efeitos nocivos à saúde que são
mal compreendidos pela sociedade porque demoram a se manifestar. “Outro
fator que afasta do público o conhecimento que a ciência tem sobre os efeitos
deletérios da maconha é uma campanha milionária financiada por lobistas que
estão interessados na legalização”, disse. De acordo com ele, a legalizar a
venda não iria destruir o tráfico. “Os traficantes continuariam vendendo mais
barato”, afirmou.
O sociólogo afirmou que a liberação da maconha faria explodir o número de
usuários. “Uma droga legal como o tabaco é usada por 16% da população no
Brasil e 25% nos Estados Unidos. Quando uma droga é normalizada, mais
pessoas usam. Será que queremos legalizar uma substância como a maconha
que hoje é utilizada só por 2% dos brasileiros e 8% dos norte-americanos”,
questionou. “Quando uma droga é legalizada, ela se torna cultuada pelos
jovens como uma porta de entrada na vida adulta, como acontece com o
cigarro e o álcool”, declarou Sabet.
De acordo com Sabet, a liberação da venda legal da maconha no estado do
Colorado gerou uma indústria milionária que se dedica à promoção do vício.
“As empresas do lobby pró-maconha só estão preocupadas com dinheiro. Eles
querem legalizar para faturar. Como a indústria do álcool e do tabaco, essas
empresas não vão faturar com o usuário casual. Elas querem incentivar o uso
pesado”, afirmou. Segundo ele, nos Estados Unidos, 80% da bebida alcoólica
vendida é consumida por 20% dos usuários de álcool. “O melhor alvo para
essa indústria são as crianças. Eles farão embalagens atraentes e utilizarão as
mesmas estratégias de marketing desenvolvidas pela indústria do tabaco. No
Colorado, temos uma preocupante intersecção da indústria da maconha com a
bolsa de valores”, disse.
Para Sabet, o uso da maconha aumenta os níveis de dependência de uma
população aos programas sociais, faz crescer o desemprego, diminui os níveis
de renda e escolaridade. “O uso da maconha também é um fator de risco
importante para distúrbios mentais. Isso não acontece, por exemplo, com o
tabaco, o álcool e a cocaína” declarou. “Além disso, a maconha transgênica
produzida hoje é de 10 a 20 vezes mais forte que a produzida nos anos 70.
Isso leva a quadros de psicose e pânico”, afirmou.
Sabet declarou também que há indícios de que a maconha diminui o QI dos
usuários. Ele citou um estudo feito com mil usuários que fumavam maconha
mais de três vezes por semana da adolescência aos 38 anos. “Os resultados
mostraram que eles tiveram uma redução considerável no QI, de 6 a 8 pontos.
Essa é a diferença entre conseguir ou não o emprego que se quer”, disse ele.
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